Os perfis fakes e as redes sociais

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Sabemos que eles não são as celebridades de verdade, então por que gostamos deles?



O que diverte, exatamente?
Imagine um artista que você conhece muito bem e acompanha sua carreira de perto. Ele é famoso por adotar (ou ter adotado) determinada postura numa situação específica - a qual você acha muito engraçada. De repente, você encontra no Twitter um perfil fake desse artista, o qual posta absolutamente tudo de acordo com aquela atitude. Você não o seguiria também (talvez aqui você tenha identificado o perfil @xuxaverde)?
Quando um ator frequentemente interpreta personagens de condutas parecidas, acontece de esse comportamento ser associado ao próprio ator. Caso assim é encontrado no perfil @zemayer. Quem posta nele faz comentários levando em consideração o estereótipo associado ao ator e relacionando-o com outros similares - nesse caso, um exemplo é outro ator: Chuck Norris.
Falando sobre Chuck Norris, você deve se lembrar das famosas “verdades” sobre ele. Uma delas é “Quando Deus disse ‘que haja luz’, Chuck Norris o mandou pedir ‘por favor’”. Aproveitando essa deixa, o perfil @OCriador (o fake de Deus!) já postou comentários dirigindo-se a Chuck Norris como “patrão”.
Posts engraçados atraem  mais gente
Certo, isso pega direto no calo de religiosos fervorosos, mas não há muito que ser feito. Afinal, a intenção dele é realmente fazer isso - na verdade, é fazer piada. Esse é o mesmo perfil que afirmou “Não, o Cristo Redentor não é o megazord de Jesus!” (alguém ainda lembra-se dos Power Rangers?).
Não podemos culpar alguém por se expressar: o Twitter foi feito para isso. Aliás, não somente fakes usam o microblog: famosos de verdade, pessoas normais e profissionais também o utilizam como meio de comunicação. Nele, você encontra várias informações que interessam, sejam elas de amigos, ídolos, jornalistas ou poetas.
Sim, poetas também usam o Twitter. Conhece Fabrício Carpinejar? Ele usa seu perfil para postar poesias. Acredite ou não, ele já fez um apanhado do que já havia postado e publicou em forma de livro. O nome dado foi “www.twitter.com/carpinejar” e apresenta 416 máximas da sua “poesia em 140 caracteres”.
Voltando ao tema. Outro caso com potencial de ser bastante delicado é quando um fake assume a personalidade de alguém que já morreu. Se não houver cuidado, a homenagem é facilmente confundida com um desrespeito ao falecido. Os perfis @mussumalive e @nairbello são exemplos de como “encarnar” espíritos de personalidades imortais sem desrespeitá-las.
Exemplo de desrespeito com gente morta é usar sua imagem para benefício próprio. Ou seja, ter qualquer tipo de lucro - exceto o prazer de receber comentários sobre os posts enviados e sempre poder lembrar-se do homenageado. Espere um pouco, ganhar dinheiro com o Twitter? Sim, isso acontece: há empresas que pagam perfis famosos para anunciarem seus produtos.
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